Uma celebração


Hoje celebrou-se a vida de quem partilha a vida de todos os dias. Aquela que é plena de tudo. Mesmo das coisas que são difíceis. Ou supostamente impartilháveis. Inconfessáveis aos outros. Um ofício, no fundo. Uma tarefa que se cumpre amorosamente. Quando o outro deixa de ser outro. E está em nós. O amor de todos os dias. De todas as refeições. De todas as viagens. De todos os lugares onde se tenta ser feliz. Alguém com quem beber champanhe de madrugada. Porque sim. Porque se quer ser feliz agora. E não guardar nada para depois. Porque o depois é demasiado distante. Demasiado incerto. E a quem se oferece presentes. Dos que se podem guardar dentro de caixas. E dos outros. Que não cabem dentro de caixa nenhuma.

1 comentário:

  1. Venho aqui, pé ante pé, muito de mansinho, porque não pertenço aqui e não quero invadir... mas não resisti, que declaração de amor linda esta, que texto magnifico!
    Continuem assim, até ao último cabelo branco, até à última ruga!

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