Codornizes, vinho do Porto e frutos vermelhos


Gosto bastante destas aves muito frágeis. Só não aprecio assim muito o facto de termos que nos desenvencilhar de uma quantidade enorme de ossos pequeninos, até termos acesso ao que realmente importa: a carne. Mas uma descoberta recente mudou isto tudo: peitos de codorniz. Comecei pelo mais importante: um tempero antecipado. Sal, vinho branco, molho inglês, azeite e o mais importante: vinho do Porto. O bastante para cobrir a carne.
E preparar esta carne foi bem simples: bastou colocar as codornizes num tacho com um pouco de azeite, para ficarem levemente douradas, juntar o tempero e fechar. Depois foi só esperar uma meia hora, até a carne ficar pronta. E quando isto acontece, retiramos as codornizes, para nos ocuparmos só do molho. Assim: junta-se mais vinho do Porto e os frutos vermelhos (amoras e mirtilos) e rectificar os temperos. Depois, é só esperar que a redução destes ingredientes se faça sozinha, em lume brando e com alguma vigilância. Enquanto se ouvia Kings of Leon. Uma voz rouca e algo agressiva a espalhar-se. A integrar-se na comida. Na minha disposição. E a testar a paciência amorosa do meu marido:).
E o vinho. Neste dia foi um vinho verde. Que já foi um segredo bem guardado. Mas que está a deixar de o ser, dados os prémios que tem recebido. Quinta de Gomariz. Um vinho verde que não é liso. E que ficou muito bem com uma carne feita em vinho do Porto.


NB: Os peitos de codorniz encontram-se no supermercado do El Corte Inglès.

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