E um dia de sol, pede uma mesa luminosa. E um almoço prolongado e calmo. Uma brisa muito ténue. E silêncio interior que diz que está tudo bem. As long as there is a table. E vontade para pôr uma mesa. O Domingo soube ainda melhor, depois de uma semana de trabalho prolongada até ao último sol de Sábado. Não importa. Havia hoje. E hoje foi assim. Tempo para olhar as coisas. De manhã, enquanto o verde do jardim estava adormecido. Descer as escadas até ao meio do verde. E não haver mais nada para além disso. E acima, todo o azul que se quisesse.
Uma mesa feita a partir do branco das jarras que já foram velas. As Dora Maar pequeninas. E cristal trabalhado com paciência. Copos de há muito tempo. Muito anteriores às mãos que os colocaram à mesa.
As mesas ensinam-me que há sempre mais. Que posso sempre mais. Mesmo que interiormente vá desistindo de algumas coisas. Ainda assim, há sempre esta possibilidade. A acrescentar minutos de vida. À vida. No entretanto, à mesa, brinda-se a isso. Ao facto de se estar aqui para mais uma mesa.
Olá, Mar
ResponderEliminarEsta mesa é um recanto de paz para cabeças "verdejantes". Gosto do enquadramento enerte (?) dos calhaus rolados, recordando uma outra história com um tempo longo.
bjs
Olá, Mar
ResponderEliminarO "enerte" deve-se ao sono, o que queria dizer era "inerte".
bjs
Olá Fa:
ResponderEliminarTem razão. Cabeças cheias de verde, estas da mesa. As pedras foram trazidas pacientemente para o jardim. Para construir um pequeno caos neste lugar. Cheio de pedras. Todas elas cheias de histórias. Com tempo longo. Lá de trás. São assim, as memórias que vivem nas pedras.
Um beijo.
Mar