La douce fin de l'année



Gosto muito da minha casa. Mas, de vez em quando, faço a mala e sigo viagem. Não só pela ideia da viagem em si, mas para ir em busca de coisas que me acrescentem. De lugares que sejam momentaneamente a minha casa. O fim deste ano foi o Ritz, em Lisboa. E eu gostei mesmo muito de associar este hotel ao final de um ano tão bonito. E sei que foi a primeira de mais vezes. Apesar de continuar a gostar muito do meu hotel com jardim, o Pestana Palace. Mas o doce fim de ano no Ritz deixou em mim uma memória que quero muito preservar. Por muitos motivos. Sabendo que poderia enumerar os detalhes mais ou menos técnicos. Mas vou escusar-me a isso. Porque todos esses pormenores foram ultrapassados. Pela sobriedade do espaço, pelo luxo silencioso que se adivinha a cada passo e pela simpatia contida dos que ali trabalham. Os murais, as tapeçarias, os mármores e o brilho quente de um arranjo de Natal, que dá as boas-vindas a quem chega. As minhas memórias doces de final de ano. Gravadas hoje, no primeiro dia de um ano novo. Para partilhar, para dizer que foi assim que eu fui procurar coisas belas, nos dias finais de 2010. Para dizer que não quero adiar a ideia de felicidade. Agora, tentar ser feliz agora. E não num futuro desconhecido e improvável.

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