Abraço.












Num destes dias, apeteceu-me mesmo que ela não vivesse longe. Que pudesse ser uma coisa de telefonar e dizer para vir almoçar. Sem logísticas, sem marcações antecipadas. Ser assim de momento. Como não vive perto, uma maneira de estar à mesa foi assim. Dois presentes dentro de frascos. Feitos por ela. Chutney. Delicioso, exótico. Perfeito para inícios de refeição. Lascas de Parmesão ou queijo da Ilha. Fatias finas de presunto. Azeitonas temperadas daquela maneira muito mediterrânica. Uma salada com folhas verdes, maçãs e bagos de romã. E depois. Depois, uma comida muito daqui. Comida maternal. Quente. A comida pode ser um abraço. Entre muitas coisas, pode ser também um abraço. E uma mesa. Uma mesa também pode abraçar. Esta foi posta a pensar na possibilidade de poder abraçar uma amiga. A Babette. Da Festa de Babette. Um dos muitos lugares afectivos onde é bom demorarmo-nos.
Arroz de feijão com salpicão e coentros
1 cebola (média) + 2 dentes de alho + 2 tomates (sem a casca) + metade de 1 pimento vermelho + 1 salpicão (caseiro, de preferência) + 1 chávena de feijão-manteiga + 1 tigela de arroz carolino + 1 litro de água + sal, azeite e coentros q.b.
Num tacho, faz-se o refogado com o azeite, a cebola, os dentes de alho picados, o tomate cortado em pedaços e o pimento. Deixa-se durante uns dez minutos e acrescenta-se a água. Tapa-se e deixa-se ferver. Assim que se der início à fervura, adiciona-se o arroz e o feijão, tempera-se de sal e deixa-se cozer. Se houver necessidade, acrescenta-se um pouco de água. Quase na hora de retirar do lume, acrescenta-se o salpicão cortado em pedaços e os coentros. É importante que seja no final, para que o salpicão não coza e "feche" os sabores. Serve-se de imediato numa daquelas terrinas que "aconchegam" a comida:)

6 comentários:

  1. Esta é de facto uma bela forma de abraçarmos os amigos, todos os que amamos. E como nos preenche! A tua mesa reflecte mais uma vez isso mesmo, uma alma bem preenchida!!

    E quanto à receita...o feijão entra quando...desculpa a minha ignorância mas de facto cozinhar feijão não é o meu forte!...

    bj
    Isabel

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  2. Linda, a mesa que fizeste para abraçar a tua amiga :) Linda como a vossa amizade.

    Um beijo,
    Ilídia

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  3. Olá Isabel:

    É uma das melhores maneiras. Fazer comida e pôr uma mesa. E é assim desde que aprendi a cozinhar. Quanto à receita, não é nada ignorância:) eu é que me distraí na sequência e deu numa elipse:) o feijão acrescenta-se quando se põe o arroz. Vou alterar já. Obrigada pela tua pergunta, que não tinha reparado.
    E há demasiado tempo que andamos a tentar conciliar agendas, não?:) A ver se resolvemos isso.

    Um beijo.

    Mar

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  4. Olá Ilídia:

    Misturei coisas que ela gosta. Faz-se assim, não é? Procuramos dar coisas boas a quem gostamos. Teria sido assim, se vivesse ao alcance de um telefonema rápido. Contigo ainda é mais longe, que há um mar e tudo:) As distâncias e os afectos.

    Um beijo.

    Mar

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  5. Pelos vistos o meu comentário não ficou!...
    Tinha escrito qualquer coisa como ter sentido forte o terno abraço desta mesnagem. Uma das tuas mesas lindas, que mistura de tudo um pouco com um raro equilíbrio. E até eu estou à mesa, nos dois chutneys de que tu gostas. Os tais mimos e a tal reciprocidade. Obrigada por isso. Obrigada por seres minha amiga. Como dizias na minha Festa, a nossa amizade parece bem mais longa que os quase 3 anos que tem. Obrigada por tudo. Obrigada por este abraço terno.
    Babette

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  6. Olá Babette:

    A sério que sim, que parece que nos conhecemos desde pequeninas ou assim. A aventura dos comentários que ficam perdidos, a "boiar" no espaço virtual:) Já me aconteceu, também.
    Obrigada a ti:)

    Um beijo grande!

    Mar

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