Tomilho. Hortelã. Orégãos. Coentros. Poejos. Quando as palavras podem ser inícios, pontos de partida. Por serem coisas. As palavras são sempre coisas. Tangíveis. Ou nem por isso. E podem ser assim. Dizê-las é sentir-lhes o aroma. O sabor. Antes e depois de as vivermos. Aqui perto do mar tem sido assim. Uma profusão quieta. Silenciosa. Ficam as receitas para as imagens.
Cenouras algarvias (sem cominhos)
2 cenouras médias + flor-de-sal, azeite, vinagre e tomilho q.b.
Com um descascador de legumes, corta-se as cenouras em fitas. Coze-se durante três minutos em água (que já deve estar a ferver). Retira-se, escorre-se e passa-se por água fria. Depois, tempera-se a gosto, com os outros ingredientes.
NB: A receita original destas cenouras não tem tomilho. Eu é que não suporto o sabor dos cominhos:)
Risotto de abóbora com tomilho
Tomate-cereja com uvas brancas e lascas de Parmesão
Corta-se os tomates-cereja ao meio e coloca-se num prato largo. Faz-se o mesmo com as uvas. Depois, as lascas de Parmesão e os orégãos. No final, flor-de-sal, azeite e vinagre.
Arroz avinagrado de coentros e orégãos
1 cebola pequena + 1 dente de alho (esmagado) + 1 tomate maduro + 1 chávena de arroz carolino + água + azeite, sal, vinagre, coentros e orégãos q.b.
Faz-se um refogado com a cebola, o alho e o azeite. Quando a cebola ficar translúcida, acrescenta-se o tomate (cortado em pedaços e sem a casca). Deixa-se cozinhar, juntando-se água aos poucos. Entretanto, acrescenta-se três chávenas de água. Tempera-se com sal e tapa-se, até ferver. Depois, o arroz. Quando estiver quase cozido, junta-se os coentros, os orégãos e o vinagre. A medida deste último fica ao critério de cada um. Acrescenta-se mais água e sal, se necessário e serve-se bem caldoso.
Creme de beterraba, tomate e hortelã
1 cebola + 1 courgette + 1 batata + 1 beterraba (média) + 1 tomate coração-de-boi + sal, azeite e hortelã q.b.
Primeiro, a cebola e o azeite. Depois, o tomate (sem a casca e cortado em cubos). Um refogado muito leve. Acrescenta-se depois a courgette, a batata e a beterraba. E água, até cobrir os legumes. Tempera-se com sal e deixa-se cozer. Passa-se, até ser creme. No momento de servir, acrescenta-se a hortelã. E mais coisas. Camarão (se for servida fria, fica delicioso). Ou um queijo de pasta dura.
Uma explosão de cor!... Engraçado como um país tão pequeno pode ser tão diferente nos sabores. Bem fazes tu, que no Sul usas e abusas do bom e diferente que lá há. As memórias do Sul têm então o toque do tomilho e dos poejos, o sabor do mar, o vermelho do tomate e da beterraba e muitos legumes a juntar a risottos ou outros arrozes. Que bom imaginar o Sul pelas imagens destes sabores.
ResponderEliminarUm beijo. A regressares ;)
Babette
Olá Babette:
ResponderEliminarAcredita que o difícil foi escolher as imagens. O nosso país pequeno é tão bonito. Tão cheio de coisas que sabem e cheiram e fazem bem. Uma vivência muito mediterrânica, a de Lagos. Tenho sido muito feliz neste lugar. Há muitos anos que sim. Assim seja sempre.
Um beijo.
Mar