Um doce cor de sol.




Um daqueles doces. Daqueles que parecem mesmo o prologamento de coisas boas. Uma ideia matinal, esta. Que amadureceu até ao final do dia. Persistente, a minha ideia de começo de dia. Mas a tempo de ser servida ao jantar. No tal prolongamento de coisas boas. Porque se quer coisas que evoquem o sol. Porque se quer coisas que não precisem de muitas etapas até se chegar ao resultado final. Breves, as palavras. Porque soube bem. E às vezes, é assim. Não precisamos de dizer tudo. Pode bastar por si, este doce que soube bem. A sol. A lugares onde há o sol todo que se queira. E a um bocadinho de persistência, também:) Ainda bem que sim. Que a persistência levou a melhor. E que se transformou numa tarte de manga.

1 pacote de bolachas Maria + 100 g de manteiga derretida + leite q.b. + 1 lata de polpa de manga + 1 lata de leite condensado + 1 folha de gelatina branca + 2 iogurtes gregos + framboesas.

Antes, tritura-se as bolachas. Numa taça, mistura-se as bolachas com a manteiga e um pouco de leite (não consigo precisar a quantidade, porque vou vendo pela consistência). Coloca-se numa forma de fundo amovível e leva-se ao frigorífico. Depois, o leite condensado. Em banho-maria. A folha de gelatina (previamente hidratada em água fria) e dissolvida no leite condensado quente. Retira-se do lume e junta-se cerca de metade da polpa de manga, reservando-se a restante para a cobertura. No final, os dois iogurtes gregos. Leva-se ao frio durante o tempo suficiente para que solidifique e fique fresca. Como neste dia havia urgência:), bastaram umas duas horas. Desenforma-se e cobre-se com a polpa de manga. E as framboesas. Que ficaram lindas, na tarte de manga. E que souberam bem. Às vezes é assim. Coisas lindas que sabem bem:)

Um doce cor de sol. Que fez bem. Que soube bem.

8 comentários:

  1. Gostei desse sol a brilhar no meio do verde. Por aqui, o sol tem estado muito tímido este ano. Temos que o chamar com tartes de manga ou outros doces amarelos. Hoje também fiz um doce. Um crumble de frutos vermelhos. Ao contrário desta tarte, que nasceu de uma ideia alimentada ao longo do dia, o meu nasceu de um impulso. Ou de uma necessidade. Mas também soube bem. E ficou bonito. Amanhã, publico-o. Agora vou dormir, depois de mais uma noite de trabalho. Foi bom vir aqui. Oxalá amanhã faça sol. Um beijo e boa noite.

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  2. Uma espécie de sol, este doce. E muito suave. A chamar o sol, o doce amarelo. Que bom quando os impulsos resultam em doces:) Sabe que nunca fiz crumble? Uma das coisas que me falta, a juntar a tantas outras. Vou olhar e ver o resultado do seu impulso, então.
    Que tenha tido uma noite descansada. E um dia com sol.

    Um beijo para si. Aí na ilha verde com sol tímido.

    Mar

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  3. Tão lindas estas cores: amarelo e encarnado. Associo à Indía e a uma exuberância de paladares. Deve ter ficado muito boa, além de bonita, a sua tarte. Já que não lhe desejei um bom dia, tenha uma noite repousante.
    Beijinho.

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  4. Desde que se reformou, a minha mãe teve mais tempo para a mão apurada na cozinha. Sempre foi boa no tempero, mas de há uns tempos para cá, tem-se libertado no mundo dos doces, de tal forma que é sempre um desespero (tentar!) resistir às sobremesas do almoço de Domingo ou ao bolo que se encontra a meio da semana,mesmo no turbilhão do dia-a-dia, quando a Leonor diz "podemos ir a casa dos avós?"

    Amanhã apresentar-lhe-ei este teu 'doce amarelo', que decerto fará de bom grado!Terna imagem esta, o doce d'aMar pelas mãos da Avó Rosa...

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  5. Olá Lusitana:

    Tive uma daquelas noites revigorantes. De dormir muito, sabe?:)
    E sim, a tarte acumula as duas coisas: a beleza e aquela doçura boa, de tão ligeira e fresca. Acho lindo que para si, tenha evocado o exotismo da Índia.

    Um bom dia para si. E um beijo.

    Mar.

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  6. Que bom que vai haver um doce da Mar feito pelas mãos carinhosas da avó Rosa:) Um doce feito de sol quentinho e carinhoso. Espero que as minhas duas princesas de olhos brilhantes se deliciem com a tarte fresca de manga. E sabes, compreendo a tua Leonor. E vais ver que lá para a frente, as recordações mais gratas da infância serão essas: as dos sabores. Associados a ti. E à tua mãe com um nome lindo, de flor.

    Um beijo com carinho. Para as três gerações: a tua mãe Rosa, tu e a tua Leonor.

    Mar

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  7. Um doce com cor de sol e um saborzinho bem delicioso de certeza.
    Um beijinho e boa semana

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  8. Olá Gisela:

    Ficou bom, o doce cor de sol. E muito leve. Mesmo de Verão, sabe? Com o sol todo que nos apetece nos dias longos de Verão.

    Um beijo de boa semana.

    Mar

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