Namastê.

Namastê, Leninha. "Curvo-me perante ti." É o que significa esta palavra tão bonita, não é? Porque estás muito longe. Num país que é um mundo muito diferente. E que estás a tornar teu. Por teres escolhido a fragilidade de ir. Para te dedicares aos outros. Lá longe.

Fiz o que disseste. Olhei para a lua cheia e pensei nas pessoas que amo. E enviei-lhes coisas boas com o meu pensamento. Como tu, a muita distância, num sítio onde as pessoas fazem isto esta noite, no templo de Shiva, com abertura para o céu. Uma noite especial, disseste. Que as pessoas reservam para pensar. Desde há 3000 anos. Isso é muito tempo. É bom pensar em coisas assim. Em muito tempo, nas galáxias, no infinito. E pensar que, à escala cósmica, somos mesmo insignificantes. Para relativizar o que tiver de ser relativizado. Não mais do que isso. Porque nesta escala igualmente infinita, a das coisas que as pessoas significam umas para as outras, não há porque relativizar.
Vou guardar este texto aqui. Para esperar pelo teu regresso. E dizer que te ouvi hoje na música que tem a palavra mágica: happiness. A música dos Florence and the Machine. Que és tu e a memória grata das coisas que és. E vou guardar a lua que se vê daqui. E a luz das velas a iluminar o buda de pedra no meu jardim. O sítio da minha casa de que mais gostas. Fica tudo guardado. Preservado. À espera do teu regresso.

Da Mar. Que se curva perante ti.

2 comentários:

  1. a noite estava linda e o luar, indescritivel, bem junto ao mar...tambem pensei em ti com muita forca!! Namaste :)

    Helena

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  2. Que bom teres lido agora! Tinha ficado com a ideia de que se passavam dias até poderes ter acesso a um computador (com teclados estranhos, sem acentos e outras coisas). É mesmo outro mundo, esse onde estás. Também o meu pensamento se dirigiu para aí. Namastê, minha Helena! Temos muitas saudades tuas, sabias?

    Beijo da Mar. Para aí, junto ao mar.

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