Esta é, para mim, a sopa que significa o Inverno. Para além disso, evoca uma pessoa. A minha cunhada, a Mafalda. Tão belo, que um sabor nos faça pensar numa pessoa. E nas coisas boas que ela é. Porque no Inverno, esta sopa aguarda por quem se senta à mesa nos dias frios, na Casa dos Varais. E acho muito bonito o facto de ser uma daquelas coisas sazonais, em que se integra o que a terra dá com abundância nesta altura do ano. E também porque as castanhas são de guardar, de reservar. E assim, durante o ano, sempre que nos apetecer recuperar uma memória grata de Inverno, basta fazer um creme de castanhas. Eu faço-o assim:
2 cebolas + 2 cenouras + 1 batata + 1 courgette + 10 castanhas + azeite, sal e pimenta rosa.
Primeiro as cebolas em azeite, a que se vão juntando gradualmente as outras coisas e água, a pouco e pouco. Um pouco de sal e deixa-se cozer durante meia hora. Depois, é só transformar tudo no creme mais aveludado que conseguirmos. Antes de servir, podemos acrescentar o que nos surgir no momento: pimenta rosa, um fio de azeite, bacon previamente levado ao forno...Tudo pode enriquecer ainda mais esta sopa que nos aquece os Invernos. E os torna mais doces.
Eu também associo muito sabores e até cheiros a pessoas ou a lugares. Como Aletria saber sempre à Avó A. ou uma qualquer Pizza Hut me cheirar a Londres. Sincronias nas sinestesias!...
ResponderEliminarUm beijo,
Babette
PS. Linda, a argola de guardanapo.
É como no livro, o fragmento inesquecível da madalena mergulhada em chá. E toda uma infância recuperada naquele gesto.
ResponderEliminarBeijo da Mar
PS: Zara Home (a argola de guardanapo). Já percebi que esta loja também é terreno fértil para as suas inspirações.