Uma coisa bem simples. Vegetais salteados, massa e gambas frescas. Uma das coisas boas dos salteados é que são inacreditavelmente fáceis e rápidos de fazer. E são uma maneira de manter a beleza e as cores dos vegetais. A verdade é que depois de um dia de calor intenso, convém dosear o tempo que se passa em frente ao fogão. Por isso, escolhi uma massa de ovo, que se coze em água, sal e um fio de azeite, durante uns escassos cinco minutos. E fica delicada. E absorve bem os sabores que depois lhe são acrescentados. E depois foi só cortar os vegetais que me apeteceu usar: courgettes, pimentos doces (vermelhos e laranja), rabanetes, cenouras, tomate-cereja. E cebolinho. Muito cebolinho. A erva aromática que deixa uma marca muito suave, que não perturba o resto. Que se coloca no fim de tudo, quando a massa já está harmonizada com os vegetais.
A sequência de um salteado é simples: coloca-se azeite numa frigideira e deixa-se aquecer (não muito). Depois, junta-se os vegetais cortados (excepto o tomate-cereja, que deve ser adicionado pouco antes de retirar do fogo), tempera-se com sal e vai-se salteando. Entretanto, é altura de temperar. Sal, pimenta moída na hora, vinagre balsâmico, molho inglês, açafrão. A gosto. Junta-se depois a massa (esta foi feita na água onde cozi as gambas), envolve-se com cuidado. E a parte melhor: o cebolinho. Para perfumar tudo. Sem retirar protagonismo ao que já lá está.
Mensagem para uma Isa de outra Isa. Incrível como tudo se conjuga. Ter o prazer de conhecer a Cacimba e depois a si, que me faz gostar de coisas para as quais, confesso, não tenho qualquer inclinação. Realmente nada acontece por acaso.Adorei a sua massa. Com ela fiz um brlharete num jantar com amigos ontem. Todos se serviram duas vezes e o restinho que sobrou, deliciei-me eu , gulosamente, hoje ao almoço. Como os olhos também comem, aquelas cores lindas dos legumes deixaram maravilhosa uma simples massa. Ter a oportunidade de espiolhar o seu blogue deu a esta empedernida anti-cozinha (e despensa!!!) vontade de cozinhar. Tome estas palavras como um grande elogio porque, de facto, deu-me prazer fazê-la e isso, garanto-lhe, é muito difícil. Agora, quando quiser inspiração irei ter consigo.
ResponderEliminarOs meus parabéns. Além de uma apresentação impecável, salta à vista o prazer que lhe deu fazer cada prato.
Obrigada à Isa. É mesmo engraçado usar um nome que também é o meu. Os mais próximos oscilam sempre entre Mar e Isa:)
ResponderEliminarFico contente que tenha experimentado esta receita e que tenha corrido bem. Mas mais ainda por ter ajudado a converter uma anti-cozinha e anti-despensa:)
A verdade é que sempre gostei de cozinhar. Desde muito cedo. E lembro-me bem de obrigar o meu pai, que era a minha cobaia, a comer aquilo que eu fazia. Especialmente de uns ovos que preparei, apesar de não saber o que era banho-maria. Ou seja, os ovos não estavam mesmo cozinhados. Nunca soube muito bem se o meu pobre pai chegou a ficar indisposto, à custa dessa minha experiência:)
Mas tudo isso acabou por resultar num gosto enorme pela comida. Pelas coisas boas que surgem desse gosto.