A propósito de Lisboa.










Adoro Lisboa. Pelos motivos das outras pessoas todas. E muito pelos meus, inevitavelmente. A luz. A mistura. A possibilidade de qualquer coisa inesperada ao virar de uma esquina. Normalmente, há lugares a que regresso sempre. Aos húngaros da Bénard. À Pizzaria Lisboa. À Igreja da Nossa Senhora da Encarnação, no Chiado. À República das Flores. À BDMania, desde que descobri que o meu filho segue o culto das bandas desenhadas e dos super-heróis que dão cabo dos maus todos e ainda ficam com a miúda mais bonita no final de tudo:)

Mas do que eu gosto é de andar sem estar a pensar no destino. O carácter deambulatório de Lisboa. É diferente das outras cidades todas. Não há mesmo a noção de objectivo. Andar só por andar. Os antiquários, as livrarias, as galerias de arte. Desta vez, fui ter ao Noobai, no Miradouro de Santa Catarina. E deixei-me estar, a aproveitar o sol e um gin tónico.

Para além destas deambulações, há esta exposição temporária, no Museu Nacional de Arte Antiga. Um dos nossos museus mais bonitos. Vale sempre por si, mas mais até ao final de Março, por causa da tal exposição.

Dois dias do oxigénio frenético de Lisboa. Não precisei de mais. No regresso, um convite no email. Para o Mercado Gourmet no Campo Pequeno. No próximo fim-de-semana. Um mercado enorme, só com produtos de pequenos produtores nacionais. Mais um pretexto para ir a Lisboa:) Enquanto não, música que é tão de dançar.



6 comentários:

  1. Imagens bonitas as que nos mostras dos teus lugares em Lisboa.
    Tenho pena de não poder ir a Lisboa com essa facilidade. Tem de ser uma coisa planeada, com antecedência. A nossa capital é mesmo especial. Em julho, vou matar saudades :)

    Um beijo,
    Ilídia

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  2. Agora fiquei com vontade de ir a Lisboa, ver ou rever alguns desses lugares que são os teus. Nas últimas duas viagens até lá, em menos de um mês, apenas um local foi o meu destino: a Torre do Tombo! Horas ali fechada, sem vontade de mais nada, apenas de "encontrar". Mas da próxima vez irei a outros lugares, com toda a certeza!
    Um abraço,
    Guida

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  3. Sou muito bairrista em relação ao meu Porto, mas admito, com toda a franqueza, que Lisboa pode ser encantadora. Gosto do lado de menina e moça, de leveza, do tom solar. E gosto de ir aos meus sítios em Lisboa. Para poder sentir-me como pertença. Agora também já vou a alguns dos teus lugares. E falta aquela ida as duas! Bom, também ainda faltarem coisas por viver ;)
    Beijo
    Babette
    Babette

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  4. Olá Ilídia:

    Eu sei:( Uma das desvantagens de viveres numa ilha. Mas tens muitas outras coisas:) E é mesmo bom pensar que vais andar por lá em Julho. É um bom mês para matar saudades seja do que for.

    Um beijo.

    Mar

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  5. Olá Guida:

    Ainda bem:) Também gosto de me lembrar do tempo passado na Torre do Tombo. Gosto daquele silêncio alcatifado. Dos sussurros dos que lá trabalham. Vou ter de voltar lá, por motivos diferentes dos teus:)
    E sim, da próxima vez, vai aos outros lugares todos. Com a mesma vontade de encontrar.

    Um abraço.

    Mar

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  6. Olá Babette:

    Para mim, o Porto ocupa um lugar só seu. Por motivos e narrativas diferentes. E por uma questão de identidade, também.
    Lisboa é-me especial desde pequenina. Foi assistindo às cadências todas. A cartografia foi obedecendo a lógicas diferentes. Mas numa coisa é exactamente igual: os húngaros na Bénard. Desde os meus seis ou sete anos que acho que são os mais deliciosos de todos:)

    Nunca coincidimos nas agendas. A ver se sim. One of these days:)

    Um beijo.

    Mar

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