"Não é o momento."































A mesa deste dia guardado em mim foi uma evocação fragmentária do tempo. As folhas das heras. Grãos de areia a escorrer numa ampulheta. Uma espécie de frase lapidar que o fez rir. Um vinho muito especial que precisa de muito tempo até conseguir ser inesquecível. Para ele. Para mim. Para a minha amiga italiana matar saudades do país dela. E um livro que é todos os livros. Tudo num espelho. Repetido até ao infinito de que me fala tanto.
Alegria. Porque nasceu. Tudo o mais, é para continuar a ser escrito. A vida por escrever. Alegria também por tudo o que ainda não foi escrito.

8 comentários:

  1. Os tais pormenores carinhosos de que me falaste. Como gosto desta mesa. Espelhos, a hera igual à minha, que a Nadine devastou, a ampulheta. E Campos :)
    E sim, alegria pelo que ainda não foi escrito. Pelo que houve e pelo que há de haver.
    Um beijo,
    Ilídia

    Um abraço ao Vasco, que fez anos :)

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  2. Um mixt de elementos evocadores do tempo que é vida, dádiva que se converte em obra. Maravilhosa a sua mesa! Intimista e luminosa na celebração afetiva, cala a palavra invasora do comentador.

    Um beijinho para os dois,
    Isabel


    PS: Mar, através de um colega comum consegui o enderço electrónico do Vasco. Dirigi-lhe há pouco um email com os meus contactos. Obrigada pela sua atenção.

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  3. Mesas que dizem tanto. Um dia muito especial esse em que celebraste a vida de uma pessoa muito especial. Esta é uma mesa para vir ver de vez em quando. Os pormenores vão-se percebendo mais em cada um dos novos olhares. Um dia de celebração então. Para recordar e desejar muitos mais. Para ele. Para os dois.
    Babette

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  4. Tirando o instante em que os nossos filhos se libertam das nossas entranhas, poucos momentos realmente importantes da vida acontecem fora da mesa. Por isso querem-se mesas bonitas. Mesas para celebrar os afetos, as alegrias, mesmo que finitas.
    Como sempre, a sua mesa é belíssima.
    Abraço!
    Guida

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  5. Olá Ilídia:

    Obrigada. Com pormenores carinhosos, sim. A ver se lhe fazia bem. Parece que correu bem. Parecia feliz, ele:)

    Um beijo para ti. Ele agradece o teu abraço de parabéns.

    Mar

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  6. Olá Isabel:

    Nada invasivas, as palavras:) Muito obrigada por elas. E pelas que escreveu ao Vasco. Já tenho os seus contactos. Ligo-lhe ainda hoje.

    Um beijo. E obrigada.

    Mar

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  7. Olá Babette:

    A ideia até que era essa. Dizer-lhe muito com coisas pequenas. As da mesa. E as outras. Enumerações breves do que foi vivido. A serem formulação de vontade para o que há-de vir.

    Um beijo nosso para ti.

    Mar

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  8. Olá Guida:

    Penso assim, também. Que as mesas devem ser espaços de celebração do que é belo nas nossas vidas. As pessoas. O melhor. O maior. Mesmo que tudo seja finito. Nós. Os que são objecto do nosso afecto. E as coisas que fazemos enquanto não.

    Obrigada. E um abraço para si.

    Mar

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