Colo.





























De vez em quando é ao contrário. São as mães que precisam de colo. Foi isso. Por estes dias de silêncio, a minha mãe precisou de colo. Irreparável, o que fez com que se desse esta inversão de papéis. Ainda assim, há sempre hipóteses de fazer com que se consiga olhar em frente. Sou do género de acreditar em coisas dessas. Uma mesa faz com que se consiga olhar para a frente. Ou a comida que se faz para pôr na mesa. Um copo de vinho também consegue essa melodia. À vida que continua, o brinde.

Para a minha mãe que precisa de colo.

18 comentários:

  1. Dá-lhe muito colo. Somos o que te disse no outro dia "mães-filhas" e "filhas-mães". O irreparável também pressupõe continuar. E todos os gestos quotidianos. Uma mesa, comida, são formas de colo e de carinho. Um beijo com ternura. Com pensamentos em todos vós.
    Babette

    ResponderEliminar
  2. Por vezes são as mães que precisam de nós e só temos que lhes dar muito colo. Infelizmente a vida tem destes momentos irreparáveis mas é necessário seguir em frente com tudo o que de melhor a vida tem.
    Um beijo com muito carinho,
    Graça

    ResponderEliminar
  3. Estou aqui a fazer um esforço para dizer algo que faça sentido, mas as minhas palavras não fluem como as da Mar. Só posso dizer que para mim esse colo se reverteu depois numa estranha paz e numa espécie de sensação de renascimento para a vida cuja razão até hoje não consegui compreender.

    Beijos para a andorinh

    Fa

    ResponderEliminar
  4. Linda a tua mesa de olhar em frente !
    Muito colo para a tua mãe, cheio do teu carinho de filha. Filha-mãe como a Babette diz.
    Um beijo, depois de um fim de semana cheio de bolos, biscoitos, festas de familia. Colo que damos uns aos outros, por nos encontrarmos, nestes domingos.
    da Pipinha

    ResponderEliminar
  5. Olá Mar!
    Nesta fase da minha vida que continua muito penosa, não resisti a dar- lhe um abraço pelo colo que deu e vai continuar a dar à mãe!Esta relação é muito interior, muito profunda o que faz com que muitas vezes os papéis se invertam.Felizes as mães e os pais que têm filhos que são capazes de fazer essa inversão!Felizes os filhos que tiveram pais e mães que lhes transmitiram esses valores. É essa troca que, com disse a Fa, nos traz a tal paz interior que nos ajuda a andar para a frente e a lutar para que os nossos filhos bebam o mesmo princípio.
    Torço para que tudo corra bem.Vai correr!
    Beijinhos
    Emília

    ResponderEliminar
  6. Um beijo e um abraço apertado para a Mar.

    Jo

    ResponderEliminar
  7. Querida Mar,
    Quero agradecer-lhe as palavras envoltas em carinho que me desejaram rápidas melhoras. E estou a ficar melhor, aos poucos. Mesmo doente, dei colo mas também tive muito colinho, que se materializou em pequenas grandes coisas aqui em casa. E na condição de mães pomo-nos logo melhor porque não queremos que as crianças nos vejam doentes. Não queremos que se apercebam que somos frágeis como as outras pessoas. Afinal para elas somos porto de abrigo e símbolo de segurança e consolo. Outras vezes estes papéis invertem-se. E temos de ter forças para nos sabermos dar através do gesto numa tentativa de minimização da dor.
    O colo e o silêncio são muitas vezes melhor panaceia do que a palavra dita.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  8. Arrependa-se somente do carinho que não dá.Assim continue a mimar...muito.A sua mãe agradece e um dia a Mar também.

    ResponderEliminar
  9. Continuar. Gosto tanto dessa ideia. Do que pressupõe de ingenuidade e de fé. Os gestos quotidianos são maneiras muito inteiras de continuar. Pensei nisso, por estes dias. Enquanto fazia comida pensada para ela. Enquanto surgia a mesa. Coisas muito pequenas, sabes?

    Obrigada pelos teus pensamentos. Pelas palavras. Estás aqui.

    Um beijo.

    Mar

    ResponderEliminar
  10. Olá Graça:

    Faz parte do processo, o irreparável. Aceitar e integrar. Depois olha-se em frente. Passa um dia. E mais outro. Uma sabedoria enorme, nesse fluir. Mesmo que seja tão inexorável.

    Obrigada pelo seu carinho. Muito para si. Carinho e coisas boas.

    ResponderEliminar
  11. Chegaram bem, as suas palavras, minha Fa. Cheias de sentido. Creio que consigo perceber isso da paz. Do renascimento. Do incompreensível disso tudo. Obrigada. A sua andorinha agradece muito. A minha sogra também diz que eu sou isso. Só ela e a Fa é que dizem que a Mar é uma andorinha.

    Um beijo para si.

    Mar

    ResponderEliminar
  12. Olá minha linda:

    Já contaste o teu fim-de-semana cheio. Muito colo. Precisamos de ter. E de dar.
    Muito verde, a mesa de olhar em frente. Andei lá fora a recolher montes de folhas verdes. Como os olhos da minha mãe. Fizeram-lhe bem, é o que interessa.

    Um beijo para ti. Bom resto de semana.

    Mar

    ResponderEliminar
  13. Olá Emília:

    Só posso acolher em silêncio esse tempo penoso que está a viver. Mas não consigo não escrever aquilo que já sabe. Que é simples. Estou aqui.
    A minha mãe ensinou-me muitas coisas. As mães fazem isso todos os dias. O mais fundamental de tudo: ensinou-me a ser forte. Muito. A não me deixar ir. E a não deixar ninguém para trás. A dar colo, no fundo. Desta vez, ela precisou. Por todas as vezes em que é para ela que corro. Mesmo que seja para pedir colo em silêncio.
    Queria dizer que está nos meus pensamentos, Emília. Que peço muitas vezes para que esteja bem. Para que as coisas más passem depressa.

    O meu carinho para si.

    Mar

    ResponderEliminar
  14. Olá Jo:

    Muitas coisas carinhosas para si. Obrigada, sim?

    Um beijo.

    Mar

    ResponderEliminar
  15. Olá Patrícia:

    Espero que já esteja a ficar melhor. Que a sua casa já não esteja "em lume brando". E sabe, também é preciso que eles nos vejam fragilizadas. Que se dê a inversão de papéis. Como aconteceu por estes dias. Filhos que dão colo às mães. Tão bom poder haver essa possibilidade. De certeza que terá tido a sua dose de colo, neste dias mais em baixo. Mas sabe, o maravilhoso de estarmos em baixo é pensar na possibilidade de regressarmos. Ao que nos eleva. Que as melhoras continuem. E um beijo.

    Mar

    ResponderEliminar
  16. À "minha" pessoa anónima:

    Fundamental, isso. De me arrepender só do carinho que não der. Trouxe mais sentido ao dia que está a acabar. Muito grata. E sim. Para continuar.

    Mar

    ResponderEliminar
  17. Sabes que, por já termos falado sobre o colo que deste à tua mãe, nem reparei que não tinha deixado aqui umas palavrinhas. E há posts em que tem de se deixar umas palavrinhas :) Este é um deles. Mas hoje, estou como a Fa. O cansaço é tanto que não me deixa articular nada que valha a pena. Hoje sinto-me assim, minha querida. Mas tinha de te deixar um beijo. E outro para a tua mãe. Espero que estejam bem.
    Ilídia

    ResponderEliminar
  18. Já percebi que sim. Que estás muito cansada. E sem palavras. Deixei coisas com palavras dentro no teu blog. A ver se ficas melhor. E estamos bem. Ontem fui ter com a minha mãe ao final da tarde. Mudei de roupa e tudo, para ela se ocupar a dizer que não devia andar com vestidos tão curtos e coisas dessas:) Fica sempre melhor, depois dessas repreensões carinhosas:)

    Alento para ti.

    Da tua amiga Mar.

    ResponderEliminar

AddThis