De vez em quando é ao contrário. São as mães que precisam de colo. Foi isso. Por estes dias de silêncio, a minha mãe precisou de colo. Irreparável, o que fez com que se desse esta inversão de papéis. Ainda assim, há sempre hipóteses de fazer com que se consiga olhar em frente. Sou do género de acreditar em coisas dessas. Uma mesa faz com que se consiga olhar para a frente. Ou a comida que se faz para pôr na mesa. Um copo de vinho também consegue essa melodia. À vida que continua, o brinde.
Para a minha mãe que precisa de colo.
Dá-lhe muito colo. Somos o que te disse no outro dia "mães-filhas" e "filhas-mães". O irreparável também pressupõe continuar. E todos os gestos quotidianos. Uma mesa, comida, são formas de colo e de carinho. Um beijo com ternura. Com pensamentos em todos vós.
ResponderEliminarBabette
Por vezes são as mães que precisam de nós e só temos que lhes dar muito colo. Infelizmente a vida tem destes momentos irreparáveis mas é necessário seguir em frente com tudo o que de melhor a vida tem.
ResponderEliminarUm beijo com muito carinho,
Graça
Estou aqui a fazer um esforço para dizer algo que faça sentido, mas as minhas palavras não fluem como as da Mar. Só posso dizer que para mim esse colo se reverteu depois numa estranha paz e numa espécie de sensação de renascimento para a vida cuja razão até hoje não consegui compreender.
ResponderEliminarBeijos para a andorinh
Fa
Linda a tua mesa de olhar em frente !
ResponderEliminarMuito colo para a tua mãe, cheio do teu carinho de filha. Filha-mãe como a Babette diz.
Um beijo, depois de um fim de semana cheio de bolos, biscoitos, festas de familia. Colo que damos uns aos outros, por nos encontrarmos, nestes domingos.
da Pipinha
Olá Mar!
ResponderEliminarNesta fase da minha vida que continua muito penosa, não resisti a dar- lhe um abraço pelo colo que deu e vai continuar a dar à mãe!Esta relação é muito interior, muito profunda o que faz com que muitas vezes os papéis se invertam.Felizes as mães e os pais que têm filhos que são capazes de fazer essa inversão!Felizes os filhos que tiveram pais e mães que lhes transmitiram esses valores. É essa troca que, com disse a Fa, nos traz a tal paz interior que nos ajuda a andar para a frente e a lutar para que os nossos filhos bebam o mesmo princípio.
Torço para que tudo corra bem.Vai correr!
Beijinhos
Emília
Um beijo e um abraço apertado para a Mar.
ResponderEliminarJo
Querida Mar,
ResponderEliminarQuero agradecer-lhe as palavras envoltas em carinho que me desejaram rápidas melhoras. E estou a ficar melhor, aos poucos. Mesmo doente, dei colo mas também tive muito colinho, que se materializou em pequenas grandes coisas aqui em casa. E na condição de mães pomo-nos logo melhor porque não queremos que as crianças nos vejam doentes. Não queremos que se apercebam que somos frágeis como as outras pessoas. Afinal para elas somos porto de abrigo e símbolo de segurança e consolo. Outras vezes estes papéis invertem-se. E temos de ter forças para nos sabermos dar através do gesto numa tentativa de minimização da dor.
O colo e o silêncio são muitas vezes melhor panaceia do que a palavra dita.
Um abraço.
Arrependa-se somente do carinho que não dá.Assim continue a mimar...muito.A sua mãe agradece e um dia a Mar também.
ResponderEliminarContinuar. Gosto tanto dessa ideia. Do que pressupõe de ingenuidade e de fé. Os gestos quotidianos são maneiras muito inteiras de continuar. Pensei nisso, por estes dias. Enquanto fazia comida pensada para ela. Enquanto surgia a mesa. Coisas muito pequenas, sabes?
ResponderEliminarObrigada pelos teus pensamentos. Pelas palavras. Estás aqui.
Um beijo.
Mar
Olá Graça:
ResponderEliminarFaz parte do processo, o irreparável. Aceitar e integrar. Depois olha-se em frente. Passa um dia. E mais outro. Uma sabedoria enorme, nesse fluir. Mesmo que seja tão inexorável.
Obrigada pelo seu carinho. Muito para si. Carinho e coisas boas.
Chegaram bem, as suas palavras, minha Fa. Cheias de sentido. Creio que consigo perceber isso da paz. Do renascimento. Do incompreensível disso tudo. Obrigada. A sua andorinha agradece muito. A minha sogra também diz que eu sou isso. Só ela e a Fa é que dizem que a Mar é uma andorinha.
ResponderEliminarUm beijo para si.
Mar
Olá minha linda:
ResponderEliminarJá contaste o teu fim-de-semana cheio. Muito colo. Precisamos de ter. E de dar.
Muito verde, a mesa de olhar em frente. Andei lá fora a recolher montes de folhas verdes. Como os olhos da minha mãe. Fizeram-lhe bem, é o que interessa.
Um beijo para ti. Bom resto de semana.
Mar
Olá Emília:
ResponderEliminarSó posso acolher em silêncio esse tempo penoso que está a viver. Mas não consigo não escrever aquilo que já sabe. Que é simples. Estou aqui.
A minha mãe ensinou-me muitas coisas. As mães fazem isso todos os dias. O mais fundamental de tudo: ensinou-me a ser forte. Muito. A não me deixar ir. E a não deixar ninguém para trás. A dar colo, no fundo. Desta vez, ela precisou. Por todas as vezes em que é para ela que corro. Mesmo que seja para pedir colo em silêncio.
Queria dizer que está nos meus pensamentos, Emília. Que peço muitas vezes para que esteja bem. Para que as coisas más passem depressa.
O meu carinho para si.
Mar
Olá Jo:
ResponderEliminarMuitas coisas carinhosas para si. Obrigada, sim?
Um beijo.
Mar
Olá Patrícia:
ResponderEliminarEspero que já esteja a ficar melhor. Que a sua casa já não esteja "em lume brando". E sabe, também é preciso que eles nos vejam fragilizadas. Que se dê a inversão de papéis. Como aconteceu por estes dias. Filhos que dão colo às mães. Tão bom poder haver essa possibilidade. De certeza que terá tido a sua dose de colo, neste dias mais em baixo. Mas sabe, o maravilhoso de estarmos em baixo é pensar na possibilidade de regressarmos. Ao que nos eleva. Que as melhoras continuem. E um beijo.
Mar
À "minha" pessoa anónima:
ResponderEliminarFundamental, isso. De me arrepender só do carinho que não der. Trouxe mais sentido ao dia que está a acabar. Muito grata. E sim. Para continuar.
Mar
Sabes que, por já termos falado sobre o colo que deste à tua mãe, nem reparei que não tinha deixado aqui umas palavrinhas. E há posts em que tem de se deixar umas palavrinhas :) Este é um deles. Mas hoje, estou como a Fa. O cansaço é tanto que não me deixa articular nada que valha a pena. Hoje sinto-me assim, minha querida. Mas tinha de te deixar um beijo. E outro para a tua mãe. Espero que estejam bem.
ResponderEliminarIlídia
Já percebi que sim. Que estás muito cansada. E sem palavras. Deixei coisas com palavras dentro no teu blog. A ver se ficas melhor. E estamos bem. Ontem fui ter com a minha mãe ao final da tarde. Mudei de roupa e tudo, para ela se ocupar a dizer que não devia andar com vestidos tão curtos e coisas dessas:) Fica sempre melhor, depois dessas repreensões carinhosas:)
ResponderEliminarAlento para ti.
Da tua amiga Mar.