A midsummer night's dream


Não, não vou falar de Shakespeare. Embora adore o nome da peça. A midsummer night's dream. Faz pensar em fadas. Dramatis Personae. Oberon, king of the fairies. Titania, queen of the fairies.
Vou falar de um jantar. Num restaurante que não é indiferente. E de uma refeição com alma. Numa mesa partilhada com amigos.
O restaurante chama-se Casa do Campo. E fica em Almancil. E o melhor espaço de refeições deste sítio muito especial é cá fora, debaixo de uma figueira centenária, que se espalha pelo jardim, sustentada por traves enormes de madeira que foram acompanhando a evolução da árvore que tem a força de uma mãe. Uma noite feérica, porque havia velas espalhadas pelo jardim e a flutuar na água de um pequeno lago. E lanternas suspensas dos ramos da figueira. E a comida. O mais importante. Uma boa memória. Feita de sabores. E de aromas. E de conversa prolongada até muito tarde, como é bom nas noites de Verão. E o meu filho adormecido no meu colo, aconchegado e exausto, mas com uma expressão de tranquilidade e de felicidade no rosto. Indizível.
E não resisto a partilhar uma das falas iniciais da peça. Pela ressonância das palavras.
Four days will quickly steep themselves in night;
Four nights will quickly dream away the time;
And then the moon, like to a silver bow
New bent in heaven, shall behold the night
Of our solemnities.

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