Um jantar de sábado à noite


Devo começar por dizer que as minhas tendências ligeiramente obsessivo-compulsivas não me permitem fazer massa para pizza muitas vezes. Isto porque o caos que se instala na cozinha, enquanto se prepara a massa, mexe comigo. E então, apesar de ser muito intuitiva a cozinhar, a verdade é que a farinha por todos os lados e as mãos peganhentas, fazem com que me apeteça desaparecer até a ordem ser restabelecida:). Mas a Joana veio cá a casa. E fez a massa, enquanto eu fazia o resto. Aqui fica então a receita da base para pizza:
4 chávenas de farinha+uma saqueta de fermento de padeiro+1 chávena de azeite+uma pitada de sal+2 chávenas de água tépida.
Coloca-se a farinha numa taça. No meio abre-se uma cavidade, coloca-se o sal, metade do azeite e da água e começa a operação de ficar com as mãos peganhentas. Vai-se amassando e junta-se água e azeite, consoante a necessidade. Quando a massa deixa de se colar insistentemente às mãos, faz-se uma bola e deixa-se em descanso durante meia hora, coberta com um guardanapo de pano. E fica em descanso mesmo. Não se deve perturbar o descanso da massa anteriormente massacrada pelas nossas mãos:)
NB: A Joana, que é vegetariana e tem algumas tendências místicas (que eu acho amorosas, apesar de ter sorrido ligeiramente com as suas recomendações), disse que a massa deve ser feita numa taça de loiça, por causa das vibrações positivas:). E que o guardanapo que cobre a massa deve ser branco.

Agora falta o resto. E o que se põe por cima da base, fica ao critério de cada um. Por mim, é o básico: tomate, cebola, pimento, azeitonas, cogumelos, orégãos e muito queijo mozzarella. Doses renovadas de queijo mozzarella. Descobrimos ontem que quando a primeira camada de queijo derrete, se deve colocar mais, para ficar naquele ponto delicioso!

A fotografia é uma homenagem à minha amiga. E também achei curiosa a ironia de simular uma oferenda ao buda de pedra:)

3 comentários:

  1. é engraçado como a amizade tem esta particularidade única que é tirar partido das diferenças, tornando-as não uma fonte de conflito mas uma forma de completar as coisas que se fazem:
    assim, enquanto eu desarrumava e sujava com a farinha e água a mesa da cozinha, tentando, a muito custo transformar os destroços numa bola de massa apresentável, a Marisa cortava e alinhava os vegetais, conjugando formas e cores, com o equilíbrio e a suavidade de um buda!

    ResponderEliminar
  2. Nham Nham

    Essa pizza é parecida com a que comemos em tua casa! Muito boa! Recomendo vivamente.

    ResponderEliminar
  3. Bem, mas esta massa ficou melhor. Acredita. Foi feita por uma pessoa muito especial:)
    Obrigada pelo comentário!
    Boas férias:)

    ResponderEliminar

AddThis