15 de Fevereiro, Casa da Ínsua.










Face a um convite, dizemos que sim. Ou que não. Eu disse que sim. Que no dia 15 de Fevereiro podia ir à Casa da Ínsua, sentar-me a uma mesa e ter a possibilidade de comer coisas feitas com Queijo Serra da Estrela. Uma matéria-prima bem difícil. Talvez por isto: parece que se basta. Que pede um bom pão e um bom vinho. Tudo o mais pode ser só ruído. Em alguns casos, sim. Mas há as outras hipóteses. Nomeadamente as que nos surpreendem. Aconteceu assim. E essa surpresa resultou sempre do exercício depurado da simplicidade. Ou seja, os pratos de que mais gostei foram os que, de alguma maneira, não perturbaram o sabor inicial do queijo. Ele estava lá. Inteiro, no seu sabor. Mas associado a outras matérias que lhe serviam de palco. Ou de pedestal. 
Partilho imagens das coisas de que gostei. Do que me soube mesmo bem. Uma truta marinada com Queijo Serra da Estrela, do Chef Vítor Claro. Uma entrada (fabulosamente suave e harmoniosa) do Chef Miguel Laffan. A sobremesa idealizada por Ljubomir Stanisic, a associar o Queijo Serra da Estrela a gelado de goiaba. E um bombom de chocolate preto com interior feito do queijo-rei deste evento, criado pelo Chef da Casa da Ínsua, Paulo Cardoso. 
Gostei do tempo que passei na tal mesa. Com loiça de uma outra marca que é muito nossa: a Vista Alegre. E gostei muito do abraço da imagem final que deixo. Dos Chefs todos juntos, na altura de virem à sala, receber a alegria, os aplausos e as fotografias. Eu gosto desta. Sem os rostos. Gosto dos braços deles a envolverem-se num abraço conjunto, de mangas arregaçadas. Uma má fotografia pode até nem ser tão má quanto isso, afinal. 
Na sequência do almoço, circulei pela quinta, fui ver a queijaria, os campos de cardos e fui à loja da Casa da Ínsua, para trazer o queijo Serra da Estrela produzido ali. Para aqui. A ver se faço coisas a partir deste queijo especial, que determinou um almoço igualmente especial. 

Obrigada à Visabeira. Pelo evento. E pelo convite. 

Fica também uma das músicas que acompanhou a viagem solitária até Penalva do Castelo. 


8 comentários:

  1. Bom dia Mar,
    A foto do abraço é cheia de significantes. Gosto do conceito de abraço, como bem sabes. Já de queijo da serra não! Grande limitação esta que não consigo combater. Mas, ainda assim, consigo admirar a beleza desses pratos que te serviram.
    Um abraço de boa semana,
    Guida

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  2. Boa tarde Mar,

    A diferença que pode fazer uma simples palavra, um simples "sim".

    Ao dizer sim, teve direito a desfrutar de tudo isso!

    Parece ser um local muito bonito!

    E julgo que sim, a fotografia do abraço simboliza tudo o resto!

    Só alguém sensível é que conseguia captar esse momento dessa maneira.

    Um beijo do Sul e votos de uma semana cheia de Sol!

    PS - Finalmente chegou o "Risco Vermelho"!
    Já deixei o que queria no e-mail.

    Sandra Martins

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  3. Olá Guida:

    Gostei desta. Quando estava a escolher as fotografias, dei-me conta de que era esta. Exactamente por ter gostado daqueles abraços entrelaçados. E lembro-me bem de quando me explicaste a tua ideia, em relação ao corriqueiro dos "beijinhos" e o abraço. Que é mais de envolver. Mais medido. Não abraçamos facilmente. Mas damos os tais "beijinhos" sociais sem pensar. Boa fundamentação, a tua. Espero ter reproduzido bem o conceito "hug" da Guida:)
    Percebo isso do queijo. Só há pouco tempo é que passei a gostar. Faz parte. Temos de gostar de tudo?:)

    Um abraço enorme, querida Guida!

    Mar

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  4. Olá Sandra:

    É uma palavra pequenina, não é? Mas é mesmo importante. O não também. E é igualmente importante.
    Este lugar é mágico. Principalmente o jardim. Confesso que estava ansiosa por poder libertar-me da sequência para poder andar cá fora:)

    Ainda bem que gostou da fotografia imperfeita, sem rostos.

    Boa leitura, assim espero. Bonita, a ideia de um livro escrito por mim, a viajar até ao Sul.
    Vou ver o seu email, então.

    Um beijo para si.

    Mar

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  5. Mandaste-me uma foto de lá. E eu a imaginar-te no meio de cheiros intensos e sabores fortificantes. Gosto de queijo da Serra mas apenas em doses pequeninas. Penso que é o que dizes...A maior parte das vezes basta um pouco. Basta-se a si próprio. Gosto particularmente dos abraços sem rosto, cúmplices, genuínos. Também sou de abraços ;)
    Babette

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  6. Querida Mar,

    uma fotografia que conta uma história bonita nunca pode ser má. E essa conta :)
    Gostei de ler e ver imagens do encontro de que me falaste no domingo :)
    Gosto muito de queijo da serra, com marmelada e um copo de tinto. Assim, combinado com outros sabores, nunca provei. Mas as imagens deixam transparecer coisas boas.

    Um beijo,
    Ilídia

    PS: Fico à espera de ver as tuas criações :)

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  7. Olá Babette:

    Tinha de te dizer no momento:) E foi bem suave, ao contrário do imaginário associado a este queijo. Talvez (também) por isso este evento tenha sido tão feliz. A matriz estava lá, mas com uma sofisticação que não retirava nada:) Antes pelo contrário.

    Um beijo.

    Mar

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  8. Olá Ilídia:

    Visto por esse ponto, sim. Até que a fotografia ao contrário fica bem:)
    E já está mais ou menos desenhado: um creme muito aveludado. Alho francês com uma nuvem ligeira de Queijo Serra da Estrela e umas folhas de tomilho. Uma das páginas aqui, parece-me:)
    A minha intuição dizia que sim. Que gostavas deste queijo. Bem acompanhado:)

    Um beijo.

    Mar

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