Celebração.










































Sou do género de celebrar. De dizer. De fazer coisas em nome de coisas. Em nome de pessoas. Isso também passa por atribuir significados a tudo e mais alguma coisa. Ser do género de celebrar quer dizer que se adora assinalar datas. As dos calendários colectivos. E as outras, íntimas. Partilháveis. Mais ou menos partilháveis. Ou impartilháveis de todo, por serem vividas a sós. Os números dos dias. Acho tão bonitos. Cada um dos números dos dias que se vão sucedendo. Passam e escrevemos números sempre diferentes. Este texto e estas imagens são sobre isso. Melhor, também são sobre isso.
Nós precisamos do ritual. Da celebração. Da magia. Do sonho. Do que está para vir. Do que já foi. Sem estas e outras propriedades, seríamos só o pó em que todos seremos transformados. Num dia que também será uma sucessão de números que nunca aconteceram antes. Que não voltarão a acontecer.
No entretanto. A questão mais importante está no entretanto. Aquele lapso de tempo entre a data primeira que nos viu nascer e a outra, que é um mistério pendente. Nesse intervalo, há tudo o que acontece. E também tudo o que fazemos acontecer.
No dia 14 de Dezembro de 2010, uma pessoa descobriu que havia outra pessoa. A Babette andava a deambular aleatoriamente pelo universo virtual e chegou aqui. A partir daí, tem estado mais ou menos documentada, a amizade que tem idade de criança. Três anos. Três anos cumpridos. Ritualizados. Este aniversário com idade de criança foi celebrado mais uma vez. O dia 14 de Dezembro já foi assinalado em três calendários diferentes. Uma data guardada. Partilhada uma vez mais, que é uma coisa boa. E, na minha perspectiva, as coisas boas devem ser disseminadas. E serem celebração. A deste ano foi assim. Aqui. 



4 comentários:

  1. Obrigada. Do fundo do coração. Pelas palavras, pelo nosso domingo de celebração. Já tinha o meu texto escrito e mantive-o. Publico-o amanhã ;) Tem o título de "Comemorar". É no fundo a mesma ideia da tua celebração. E dar importância aos rituais, como dizes. Fui feliz aí, mais uma vez. A vida vai sendo feita destas aleatoriedades que nos conduzem sabiamente a um destino, a uma pessoa. Muito do que somos e do que nos acontece depende de nós. Mas há margem para, dentro dessas premissas, irmos ao encontro de alguma coisa ou de alguém. Foi assim há 3 anos. Os tais que podem ser a idade de uma criança. Um beijo. Acabo a agradecer, uma vez mais: Obrigada.
    Babette

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  2. Olá Babette:

    Celebrar. Comemorar. Same thing, different words:)
    E sim, acho que, no meio de muitas coisas aleatórias que me têm acontecido, a vida conduziu-me sabiamente a esta vivência partilhada. No meio de todas as coisas que acabaram por se revelar profundamente erradas, a nossa amizade é assim um reduto. Lembra-me tudo o que está certo. E é bom descansar nisso. Nada a agradecer. Ou, no limite, agradeçamos à vida e ao que (nos) acontece.
    E estou feliz com as boas notícias:) Muito feliz por ti.

    Um beijo.

    Mar

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  3. Há que celebrar amizades assim. Sem dúvida. Bonita homenagem.

    Beijos para ambas,
    Ilídia

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  4. Olá Ilídia:

    Sim. Muito disso de celebrar as coisas e as pessoas que nos fazem bem. A quem queremos bem. Tenho-me concentrado nisso e esqueço tudo o mais que não interessa e que faz mal.

    Um beijo de bom fim-de-semana.

    Mar

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