Matéria-prima.





No processo, o mais importante é a matéria-prima. Não acho nada que se consiga transformar maus peixes numa boa refeição. O mesmo acontece com a carne. Com os ovos. Os legumes. As frutas. Uma boa parte do que acontece a partir da matéria é consequência dessa matéria. Esta refeição de Verão em tempo de praia nasceu de um olhar de relance. Havia cebolas acabadas de colher. Com a rama bem fresca. E aquele verde que diz que é para aproveitar tudo. Que quando é assim, a rama da cebola não se elimina. Ao contrário. Aquele verde merecia um encontro com ovos que não ficam brancos e insípidos. E um bocadinho de vermelho de pimento. E queijo da Ilha. Bem rápidas de fazer, estas coisas dos dias aqui. As manhãs são cedo. Começam no mercado, prolongam-se pelas ruas de Lagos. Até chegarem à água. Acabam sempre por ir dar a mais água, os dias. Nos intervalos, o encantamento que não vai de férias: fazer comida. Mesmo que isso motive estranheza. "Assim não tem férias". A resposta é tão como a água. "Não tiro férias do que me faz bem". Interrupções pontuais, sim. Mas não isso de tirar férias de fazer comida. Muito menos aqui. Com esta matéria-prima tão ao alcance.

Omolete de rama de cebola

6 ovos + rama de uma cebola + pimento vermelho, azeite, flor de sal e queijo da Ilha a gosto.

Corta-se a rama e o pimento. Vai ao lume num pouco de azeite e uns salpicos de flor de sal. Deixa-se fazer durante uns três minutos. Entretanto, bate-se os ovos. Junta-se depois ao pimento e à rama de cebola. Deixa-se fazer, até que a base ganhe consistência. Vira-se para um prato e em seguida para a frigideira. Aguarda-se até que fique cozinhada do outro lado e serve-se de imediato. Com queijo da Ilha raspado com aquela pressa:)

E pode acompanhar com esta salada. Tomate + cebola vermelha + rabanetes + queijo da Ilha. Com o tempero clássico: sal, azeite e vinagre.

7 comentários:

  1. Minha Amiga
    Que bom cozinhar-se para quem se gosta!E que bom cozinhar-se com matéria -prima de excelência!Aqui na Ericeira, de onde vos falo,a gastronomia tem também uma palavra a dizer.
    O tempo está bonito.Não falta nada para umas férias boas.
    Tempo bom para vós também.Votos de alegria..e omeletas a condizer.
    Beijo ao Vasco e ao António.

    Para a Mar,o carinho de sempre.
    Aurora Simões de Matos

    ResponderEliminar
  2. Tem razão quando diz que não se deve tirar férias do que faz bem. E com essa matéria-prima não apetece nada deixar de utilizá-la. O resultado tem ótimo aspeto!
    Com essas refeições, os passeios e o descanso vai-se aproveitando bem os dias de férias!
    Um beijo,
    Graça

    ResponderEliminar
  3. Querida:
    Esse respeito imenso pela matéria-prima. Quase nem apetece alterar muito. Apenas servir. E usar tudo!
    Um beijo
    Babette

    ResponderEliminar
  4. Um comentário extra:
    Que bom ver-te a usar o "nosso" Queijo da Ilha ;)
    Babette

    ResponderEliminar
  5. Olá Aurora que anda pela Ericeira:)

    Gosto muito dessa zona. Conheci-a num registo só possível aos dezoito anos, numa viagem com amigos que andavam em busca das ondas perfeitas. Campismo selvagem e montes de comida enlatada, naquela altura:)
    Agora é diferente. Com esta matéria. Com este tempo. Com esta alegria. Coisas dessas para si, Aurora.

    O meu carinho. E cumprimentos deles os dois:)

    Mar

    ResponderEliminar
  6. Olá Graça:

    Só deixo de fazer comida quando sinto que preciso de parar para continuar a gostar. O que não acontece aqui, com estas coisas a acontecer. Um gosto enorme, antes. Embora perceba os outros registos de férias que não admitem fazer comida. A realidade é muito diversa, felizmente.

    Um beijo.

    Mar

    ResponderEliminar
  7. Tens razão. Não é preciso fazer muito. Composições, temperos e queijo da Ilha sempre por perto:) Gosto muito. Uso muitas vezes. Embora goste mesmo dele simples. Com pão e vinho tinto. Os finais de tarde têm sido com isso. Enquanto o jantar se vai fazendo:)

    Um beijo.

    Mar

    ResponderEliminar

AddThis