Ali, o mais importante é o jardim. E a água. Vontade de água. Água à noite. Ou muito cedo, de manhã. É assim que se ouve melhor a água. De manhã, antes de todos acordarem. Ou à noite, quando todos dormem.
A sensação é a mesma de sempre. Mas com coisas diferentes. Em camadas. Todas as coisas entre esta e a última vez que estive ali. O jardim mais bonito. Quase como se não precisasse de ver os outros jardins todos. De vez em quando, é como se o soubesse de olhos fechados. Os hibiscos. Muito vermelhos, alguns. Rosa desmaiado, nos caminhos mais escondidos. O pavilhão chinês a ver as árvores e a água. Lá dentro, silêncio. Uma jarra de chá muito fresco. Livros soltos. À solta. Prestes a fazerem parte da vida de alguém que não era suposto. E todos os caminhos vão dar à água. Os caminhos que os nossos pés trilham. E os outros, os do olhar.
Continua a ser o que foi desde a primeira vez que soube que havia este jardim na cidade da luz que é mais luz. Manteve-se imperturbável na minha memória. Aceitou pacificamente que eu até fosse para outros lugares. Sabia que eu iria voltar, o jardim do Pestana Palace. E havia música. Esta.
Olá Mar
ResponderEliminarTenho vindo aos poucos a descobrir o seu universo, as suas "coisas" e tenho dado por mim a ficar cada vez mais tempo. Porque aqui há poesia, beleza e todas aquelas pequenas (grandes) coisas que também eu gosto de cultivar e cuidar.
E que bom é voltarmos aos sítios que nos fazem bem.
Um beijinho
Isabel P.
Um fim de semana especial, o teu:) Com água, música e hibiscos vermelhos:) O meu teve hibiscos amarelos. No último livro do meu amigo Mário, que é professor de Filosofia, como o teu Vasco. "Galos passeiam pelos muros à sombra de hibiscos amarelos". Bonito, não?
ResponderEliminarFico à espera do relato da outra parte do fim de semana :)
Um beijo,
Ilídia
P.S.: Estou, novamente, a corrigir exames :( Mas ainda esta semana devo começar a outra tarefa.
Olá Isabel:
ResponderEliminarGosto dessa ideia. De universo. De ser assim aos poucos. Grata por entender estas "coisas" aleatórias dessa maneira grata.
E sabe, acho que precisamos tanto de poesia, de beleza. Agradeço muito que encontre um bocadinho disso aqui.
Pacificador. Foi pacificador voltar.
Um beijo para si.
Mar
Muito especial, sim. E ainda não consegui circunstância para te falar. O meu dia começou com um funeral. Uma senhora próxima. Lembrei-me dos pastéis de massa tenra que costumava fazer. Fazia sempre que eu ia. Sabia que gostava muito. Mais do que das coisas doces. Cessar não será bem cessar. Mas é sempre triste.
ResponderEliminarUma das minhas flores preferidas, os hibiscos. Lembram-me Lagos. Também havia hibiscos amarelos, neste jardim. Misturados com os das outras cores.
Energia para ti. E carinho.
Mar
Parece um local extremamente bonito, o céu muito azul, o jardim, a água. Dá a sensação que naquele momento o espaço é seu e que a apazigua. É bom quando se tem a possibilidade de rever um local do qual se gosta.
ResponderEliminarOlá Graça:
ResponderEliminarFoi só meu durante umas horas:) Era muito cedo. Gosto de água também assim. Com muito silêncio. Dá para sentir e pensar melhor, creio. Fez bem, sim. Voltar ali fez-me muito bem.
Obrigada pelo seu comentário. E um beijo.
Mar
Mesmo lindas as fotografias. Pelo teu olhar. Um sitio que parece mágico. E água cedo, de manhã. Obrigada, pelas coisas bonitas que trazes desse jardim, e que eu assim vejo. Refrescante. : )
ResponderEliminarBeijo
da Pipinha
Gosto que tenhas gostado das fotografias. Foi difícil escolhê-las, o jardim é tão bonito. Com essa componente encantatória de magia. Estava para pôr aquela imagem de que gostaste muito, aquela do espelho, mas depois não.
ResponderEliminarUm beijo para ti.
Mar
Gostei mesmo dessa. Acho que a deves usar. Não sei bem em quê ou como. Pode ficar impressa, num vidro. Ficaria muito bonito.
ResponderEliminarKisses !
da Pipinha