Oscila-se entre querer mundo e estar quieto, por estes dias. Entre estar quase a cumprir uma espécie de ascese. Ou querer muito ir para o que houver lá fora. Esta foi uma das possibilidades. Num dia quente, os jardins da Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo. Um lugar onde já tinha estado. Mas para jantar. E sem poder ver os jardins com a luz que eles pedem. Foi a pretexto de almoçar, desta vez. Mas o principal acabou mesmo por ser aquele verde todo. E a presença serena da água. Em fontes. Em lagos. Sem que importe realmente a dimensão. A água. O cantar da água. Num lugar onde não se ouve muito mais para além disso. E acontecer um cisne branco. Muito elegante, a cortar a água. Imponente. Sem necessidade de fazer barulho. Sem fazer mais nada senão existir e isso ser tudo. Verde labiríntico. Pedras sem tempo definido. E os sabores associados. Azeite da quinta. Pão acabado de cozer. Framboesas do jardim francês na ementa. Legumes frescos, conjugados com polvo e uma açorda perfumada com ervas. Coisas assim, que hão-de saber à Casa da Ínsua. Mas queria rápido os jardins. Deu para gostar do almoço. Mas era preciso vir rápido cá para fora. Tanto, que só no regresso é que me dei conta que não havia registo dos interiores. Tão encantada com o verde cá fora, que nem houve lembrança para o interior. Fica para a próxima vez, muito provavelmente. Quando voltar lá, vou tentar concentrar-me nos detalhes que havia dentro da casa grande de pedra. Para já, ficam fragmentos de um labirinto verde. Com pontos de água. E a possibilidade de um cisne branco a acontecer no meio disso tudo. Um sinal efémero de beleza, o cisne branco. É sempre efémera, a beleza. Como um cisne. E não consegui identificar a ilha que dá nome à casa. Terá de ficar como possibilidade, a ilha.
A possibilidade de uma ilha.
Oscila-se entre querer mundo e estar quieto, por estes dias. Entre estar quase a cumprir uma espécie de ascese. Ou querer muito ir para o que houver lá fora. Esta foi uma das possibilidades. Num dia quente, os jardins da Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo. Um lugar onde já tinha estado. Mas para jantar. E sem poder ver os jardins com a luz que eles pedem. Foi a pretexto de almoçar, desta vez. Mas o principal acabou mesmo por ser aquele verde todo. E a presença serena da água. Em fontes. Em lagos. Sem que importe realmente a dimensão. A água. O cantar da água. Num lugar onde não se ouve muito mais para além disso. E acontecer um cisne branco. Muito elegante, a cortar a água. Imponente. Sem necessidade de fazer barulho. Sem fazer mais nada senão existir e isso ser tudo. Verde labiríntico. Pedras sem tempo definido. E os sabores associados. Azeite da quinta. Pão acabado de cozer. Framboesas do jardim francês na ementa. Legumes frescos, conjugados com polvo e uma açorda perfumada com ervas. Coisas assim, que hão-de saber à Casa da Ínsua. Mas queria rápido os jardins. Deu para gostar do almoço. Mas era preciso vir rápido cá para fora. Tanto, que só no regresso é que me dei conta que não havia registo dos interiores. Tão encantada com o verde cá fora, que nem houve lembrança para o interior. Fica para a próxima vez, muito provavelmente. Quando voltar lá, vou tentar concentrar-me nos detalhes que havia dentro da casa grande de pedra. Para já, ficam fragmentos de um labirinto verde. Com pontos de água. E a possibilidade de um cisne branco a acontecer no meio disso tudo. Um sinal efémero de beleza, o cisne branco. É sempre efémera, a beleza. Como um cisne. E não consegui identificar a ilha que dá nome à casa. Terá de ficar como possibilidade, a ilha.
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Fiquei com muita, muita vontade de conhecer este espaço. Tão bem descrito pela Mar, num verde tão do seu agrado.
ResponderEliminarBeijinhos
Já falámos sobre este sítio. É realmente tão bonito. E a ausência das fotos do interior fizeram-me ainda aumentar mais a vontade de conhecer este sítio. Que já o vi pelos teus olhos...
ResponderEliminarUm beijo à minha Mar
Babette
Parece um sítio delicioso, onde sabe bem estar. As fotos estão lindas. Afinal, não são só as minhas férias que estão a ser verdes :) Gostei especialmente da fotografia do cisne. Beijos e continue a aproveitar.
ResponderEliminarOlá Lusitana:
ResponderEliminarQue bom que a descrição desencadeie a vontade de conhecer. Uma coisa muito grata, para mim. A de desencadear. Motivar. Fazer com que aconteça. E então, a ver se sim. Se a Lusitana acontece neste lugar com muita água e verde:)
Um beijo de Verão. E de obrigada.
Mar
Já viste como me distraí? Parece que ando a perder o jeito para ir documentando os lugares:) Mas foi mesmo uma coisa de ser urgente vir cá para fora. Por ser tão bonito cá fora. Lá dentro também é. Lembro-me daquelas coisas deste género de casas. Mas os jardins são de gravar na memória. E os teus meninos iriam adorar andar a correr pelos labirintos verdes, de tão felizes.
ResponderEliminarUm beijo para ti. Que já vi que andas cheia de trabalho. Desta vez divergimos um bocadinho, não foi? No tempo de férias. A ver se convergimos para o ano:)
Mar
Olá Ilídia:
ResponderEliminarUma vontade enorme de ir aos Açores, depois de ver as imagens das ilhas por onde tem andado. A ver se sim. Está a ser um tempo com tempo para muitas coisas, este das férias verdes:) Para ganhar distância. E para estar perto. Para andar de um lado para o outro. E para estar quieto. Bom assim. Continue a viver bem os seus dias de férias verdes, que merece.
Um beijo com desejos de coisas boas de Verão.
Mar
Um espaço que faz parar o tempo.O verde e a água em sobreposição a tudo o resto. Um lugar onde a natureza impera e onde as pedras sabiamente posicionadas pelo Homem ficam, desta vez, para segundo plano.
ResponderEliminarContinuação de bom descanso.
Quanto a mim, também há preponderância do verde e da água, mas de uma água profundamente salgada pelo mar.
Um beijinho ilhéu
Patrícia
Acredite que sim. Que faz parar o tempo, de tão silencioso. Uma síntese feliz daquilo que foi erguido pelas mãos dos homens e dos caminhos que a Natureza resolveu abrir. Por esta altura, conto os minutos para estar perto da água profunda e salgada:) No sul, onde as cores são mais secas. Mas cheias de aromas para fazer comida que permanece na melhor das memórias.
ResponderEliminarUm beijo para a sua ilha preponderantemente verde:)