Uma longa janela para a avenida.


Há sítios a que voltamos uma e outra vez. As circunstâncias podem ser diferentes. Os contextos. As histórias momentâneas associadas. Mas voltamos. Porque sim. Este é um dos meus sítios na cidade que tem a luz mais bonita. Bem no centro de toda a agitação. Os carros a passar. As pessoas. As de caminhar determinado, com objectivos traçados. E as outras, em deambulação. E tudo o que se pode imaginar a olhar cada uma das histórias que passam por nós. Pelas janelas abertas para a avenida. Para almoçar, sempre. De dia sabe melhor parar no LA Caffé. Pausas que sabem quase sempre a risotto. Por ser o que me apetece, ali. Desta vez, a minha interrupção foi de açafrão. Com o exotismo no ponto certo. As sopas são aquilo a que eu chamo sopas de mãe. Embora haja variações a partir do básico. Em todo o caso, é bom que antes das variações, o essencial esteja assegurado. Uma daquelas premissas fundamentais. Saladas muito leves. Vinho a copo. Massas. E outras coisas a descobrir.
O cenário interior deste lugar vai mudando. Um bocadinho volátil. Renovado ao ritmo das coisas exteriores que se vão alterando. Independentemente dessas alterações, permanece o conforto de um ambiente declaradamente urbano. Que podia ser deslocado para qualquer outra cidade do mundo. Há livros espalhados. Sofás onde ler revistas e jornais. Eu gosto de uma mesa a olhar para a Avenida da Liberdade. De um risotto. Que o pensamento esteja à solta. E que permaneça livre. Coisas que sentimos quando estamos no meio de muitas pessoas. E que gostamos de revisitar, numa espécie de eterno retorno.

2 comentários:

  1. Um sítio que ainda não conheço. Mas que o Z. me diz que vou gostar. A ir porque tu também gostas...
    Babette

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  2. Parabéns à mãe Babette:)

    De certeza que sim. Que vais gostar deste sítio. As nossas sicronias apontam para que sim. Como o teu Mezzaluna. Fui lá, porque gostas muito.

    Parabéns em duplicado para os meninos. E um beijo para ti.

    Mar

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