Mousse de Maracujá


A melhor maneira de assinalar o regresso a casa é mesmo através da comida. Neste caso, através de um doce que eu já tinha feito, mas de que não tinha deixado receita. O que é imperdoável. Porque esta mousse apetece mesmo. Por ser tão fresca. E por combinar tão bem o doce com a acidez ligeira dos maracujás.
Então, ao som da voz do Billy Corgan dos Smashing Pumpkins, fui fazendo um doce que não absorveu a agressividade da música. E que resolvi associar à simetria helénica do rosto de um Adónis adormecido no meio das heras e à delicadeza de uns copos de cristal, muito anteriores a mim. E foi assim:
Retira-se com uma colher a polpa de dez maracujás e coloca-se numa taça. Entretanto, há uma lata de leite condensado a aquecer em banho-maria e duas folhas de gelatina branca a ser demolhadas em água bem fria. Depois de se retirar a polpa, bate-se dois pacotes de natas. E na hora de harmonizar tudo, faz-se assim: dissolve-se as folhas de gelatina no leite condensado e junta-se esta mistura à polpa de maracujá. Depois, é só integrar as natas batidas nesta mistura, colocar numa taça e levar ao frigorífico.
NB: Nunca usar polpa de maracujá em lata. Porque é um líquido incaracterístico, sem a beleza das sementes destes frutos tão especiais. E para se sentir mesmo a frescura e a leveza deste doce, deve levar-se ao congelador uma hora antes de servir.
Um doce de Verão. Depois de um jantar de Verão. A ouvir An ode to no one. Mellon Collie and the Infinite Sadness.

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