Uma inscrição recuperada. A verdadeira está gravada em pedra, nos jardins da casa da Peggy Guggenheim, em Veneza. Ela lá saberia por que é que mandou gravar esta frase num banco de jardim. Deviam ser sulcos na pele de cada um de nós, estas palavras. Para não nos esquecermos daquelas coisas. A bondade. A ternura. A generosidade. É que o difícil é sermos bons. Fácil é o contrário. E como o mais provável é a crueldade, o mais possível de ternura e de bondade. É que o mundo carece da ingenuidade de acreditarmos em duas palavras tão brancas.
Na mesa da ternura e da bondade, uma salada que faço sempre nos dias que aquecem o mundo. Esta:
Salada (muito) de Verão
Tomate coração-de-boi + fatias de papaia + orégãos + lascas de Parmesão + flor-de-sal, azeite e vinagre de vinho branco q.b.
A sequência deve ser esta: tomate cortado e um pouco de flor-de-sal. Depois, a papaia em cubos e os orégãos. Nesta altura, tempera-se com o azeite e o vinagre. No fim, as lascas de Parmesão.
NB: Pode ser temperada com uma meia hora de antecedência e guardar-se no frio, para estar naquele ponto muito de Verão:)
Com a mesa e a salada muito de Verão, um exército de sete nações feito música.