Há uns dias, saudades de Itália. Muitas. Certeiras. Inapeláveis. Incontornáveis. Uma coisa de corpo. De cheiro. De sabor. Lembrei-me do tiramisù deste lugar. Servido de uma maneira improvável, num copo de iogurte. Não é que goste muito de tiramisù. Mas disseram-me que tinha mesmo de provar a versão da Trattoria Angelina. E eu obedeci:) Ainda bem que sim. Pelo que senti nesse momento. Pelo que ficou em mim. Tanto, que determinou que fizesse um doce num dia de semana, de um momento para o outro. Sem grandes hesitações. Gosto assim. Um doce sem solenidade. Sem cerimónias. Fresco. Estranhamente leve. Já é Verão a sério e a leveza destes dias é tão de beber até ao fim. Ou de comer, neste caso:)
Tiramisù
15 biscoitos savoiardi + 200 ml de natas frescas + 1 embalagem de mascarpone + 2 chávenas (almoçadeiras) de café + 3 colheres de açúcar + 50 g de chocolate preto (75% de cacau) + as framboesas que quisermos.
Primeiro, faz-se o café. Reserva-se, depois de se dissolver uma colher (de sopa) de açúcar. Entretanto, bate-se as natas (às quais se junta duas colheres de açúcar) e junta-se o mascarpone. Nesta altura, envolve-se muito bem e adiciona-se um pouco do café (3 a 4 colheres de sopa). Envolve-se novamente. Depois, numa taça, dispõe-se os biscoitos embebidos no café, alternados com o creme e com uma camada de chocolate ralado. Repete-se, até se acabar os biscoitos e o creme, sendo que a última camada deve ser de chocolate. No final, as framboesas.
Fica o vinho que acompanhou a refeição daquele dia. Tinha de ser italiano, dadas as tais saudades:) E mais música. Ceremony. Banda sonora de um doce feito sem cerimónias.