Vida real.





























Nada poético, o contexto inicial das imagens. Uma daquelas situações de vida real. Um dia longo. Cansativo. A constatação de não haver energia para compras de final de dia. E a lembrança de que havia dois pedaços de frango a pedirem reconversão. A juntar, legumes em fragmentos que pediam o mesmo. Alguns cogumelos, um alho francês, um talo de aipo e metade de um pimento. Eu tinha dito que não era nada poético, não tinha? Mas ainda deu para poesia, afinal. Ainda deu para um jantar, o contexto inicial que carecia de poesia.

Tarte rápida de fragmentos

2 pedaços de frango (não é preciso serem muito generosos) + metade de uma cebola + metade de um pimento vermelho + 1 alho francês + 1 talo de aipo + oito cogumelos frescos + meio litro de leite + farinha Maizena (uso Express) + sal, azeite e pimenta q.b. + queijo parmesão ralado + 1 embalagem de massa folhada.

Forra-se uma forma de tarte com a massa e pica-se com um garfo. Reserva-se. Faz-se o refogado com os legumes partidos e o frango desfiado. Quando estiver tudo cozinhado, junta-se o leite. Aguarda-se que aqueça e junta-se a farinha Maizena, até ficar cremoso. Tempera-se com o sal e a pimenta que entendermos. Coloca-se na forma e finaliza-se com o queijo parmesão ralado. Vai ao forno durante 20 minutos, o jantar improvável feito de fragmentos. Enquanto está no forno, podemos ir fazendo isto:

Couve roxa com nozes e pêras

Corta-se a couve em juliana. Leva-se ao lume numa frigideira com um pouco de azeite, sal e vinagre. À medida que for cozinhando, junta-se bocadinhos de água, só para hidratar. Deixa-se fazer durante uns cinco minutos, obedecendo a esta cadência. Pouco antes de retirar do lume, junta-se pedaços de nozes (picadas grosseiramente) e cubos de pêras. Se necessário, mais um bocadinho de sal e vinagre.

De vez em quando é assim. Achamos que não dá para mais. Que estamos só cansados. E que não dá mesmo. E afinal não. Ainda vamos a tempo de contrariar as probabilidades. E então, fazemos com que sejam um jantar. Com tonalidades que acrescentam poesia à que já está em nós.

9 comentários:

  1. Adoro esta tua capacidade alquimista de "contrariar as probabilidades"...
    Mas, vá, agora o merecido descanso da Guerreira, pode ser?!

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  2. Uma visita para ler o teu blog como se fosse um romance :)
    E uma sugestão,gostava de 'seguir' o blog assim de certeza que conseguia visitar mais vezes.

    E obrigada pela referencia a minha cozinha.
    até breve
    sandra

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  3. Mar, o seu dia pode não ter sido muito poético, mas estas imagens são-no. Uma belíssima refeição. Adorei a folha no meio das folhas :) Sabe, neste preciso momento também estou a fazer uma tarte. Tenho uma reunião às 19:00 e vou deixar o jantar para os meus homens. Pelo bocadinho que já conheço de si, sei que não se alegra com a tristeza dos outros, mas não está sozinha "afogada em papéis". Também continuo cheia de trabalho. Mas, pelo menos, os dias estão bonitos e tenho ido trabalhar para o jardim. Um beijinho. Sabem-me bem estas visitas. E as visitas que me faz. Ilídia

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  4. Olá minha linda happy single mother:

    Está para muito breve, o descanso. Quase. A ver se tiramos férias uns dos outros:) Obrigada por aquilo de contrariar as probabilidades. Vou escrever-te hoje, para dar mais densidade às probabilidades que foram contrariadas:)

    Um beijo. Já de boa noite.

    Da tua amiga Mar.

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  5. Olá mãe Sandra:)

    Adorei ler o teu último post. Revi-me tanto, sabes? Uma ternura.
    Não estou certa de ter percebido isso de "seguir". Estás a falar daquilo de ter "seguidores"? Implico um bocadinho com a palavra, por isso é que não tenho essa caixinha. Mas creio que funciona, apesar de não se ver. Um bocadinho inexperiente nestas coisas, que sou. Que é a Mar do blog que é como se fosse um romance:)

    Até breve para ti também. E carinho para a tua bebé.

    Mar

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  6. Olá Ilídia:

    Detesto esse género de reuniões. A horas de um mundo masculino, parece. Quando a li, lembrei-me de uma entrevista à Assunção Cristas, que quando chegou ao PP exigiu não haver reuniões aos fins-de-semana e à noite. Por causa dos filhos. Nós percebemos o alcance da exigência, creio.
    E este ano está a ser por demais. Um nunca acabar de papéis e coisas que nos afogam um bocadinho:) Mas está quase. Para mim. E espero que para si também.
    Ainda bem que encontrou poesia na minha entrada pouco poética:)

    O mesmo para si. Das visitas recíprocas.

    E um beijo de boa noite para a ilha verde.

    Mar

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  7. Acabou por ser tão poético! E a graça de uma taça roxa que alberga couve do mesmo nome. Pormenores, não é? Que valorizamos. Como mais um dia vivido. Aqui.
    Um beijo um bocadinho mais de longe. Depois de um rolinho de beringela, num dia que apetecia os sítios de sempre.
    Babette

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  8. A minha Babette ao final do dia! Que sei que foi cansativo. Longo. Desgastante. Mas que estás a dar um contributo. Tenho muito orgulho em ti, sabias?
    Um comentário depois de um sítio de sempre. O lugar onde há rolinhos de beringela. De que também gostei muito.
    A tacinha é da daquela loiça de que gostamos. Gostei da simetria com a cor da couve. Pormenores.

    Um beijo aí para um bocadinho mais longe. Descansa muito e pensa que está quase:)

    Mar

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  9. Receitas muito apetitosas.

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