Uma forma rápida de ter batatinhas assadas


Estas batatas ficam deliciosas! E são inacreditavelmente simples e rápidas de fazer!

Batatinhas em papillote
1 saquinho de batatas primor (encontram-se na secção das saladas prontas); 1 dente de alho; sal e azeite q.b.; 1 colher de pimentão doce; meio copo de vinho branco; papel de alumínio.
Cozer previamente as batatinhas (durante uns 10 minutos). Retirar e colocá-las numa folha de alumínio, estendida num tabuleiro de ir ao forno. Regar com todos os ingredientes, antecipadamente misturados numa tigelinha. Fechar bem a folha, de maneira a que as batatinhas fiquem bem fechadas. Levar ao forno durante meia hora.

Espargos verdes com molho de mel e mostarda

Eu não gosto de espargos. Contudo, existem pressões conjugais a que tenho que atender amorosamente... Por isso, volta e meia, faço-os, admitindo que ficam bem na mesa.

Espargos verdes com molho de mel e mostarda
12 espargos verdes; 2 colheres de mostarda de Dijon; vinagre de sidra q.b.; 1 colher de mel; um fio de azeite; flor de sal; pimenta preta moída; 2 colheres de leite.

Começo por preparar os espargos, com um descascador próprio. Depois, cozo-os em água e sal, durante cinco minutos. Enquanto cozem, vou preparando o molho, que se faz assim: numa tigela, põe-se a mostarda, o mel e a flor de sal. Mexe-se bem, para ficar cremoso. Junta-se depois o fio de azeite e vinagre a gosto. Mexe-se novamente, para continuar cremoso. Finaliza-se com o leite e envolve-se bem. Finaliza-se com a pimenta, moída na hora. Transfere-se para uma molheira e serve-se, juntamente com os espargos.

Uma salada feita de Outono



Quem disse que as saladas têm de ser insípidas? Esta é de Outono, porque nesta altura há romãs e maçãs suculentas, que conferem uma certa doçura aos verdes, neste caso, alfaces e endívias. O toque final são mesmo as nozes raladas, que absorvem o vinagrete...

Salada de Outono
Mistura de alfaces (aquelas já prontas, dos supermercados); 1 endívia; metade de uma romã; 1 maçã; 5 nozes raladas.
Para o vinagrete:
Azeite; flor de sal; 1 colher de mostarda de Dijon; vinagre de sidra; 2 colheres de leite.

Colocar a mistura de alfaces no prato de servir, adicionar as endívias cortadas ao meio, colocar depois os pequenos bagos de romã e a maçã, cortada em gomos muito finos. Finalizar com as nozes raladas. Agora o vinagrete... Numa pequena tigela, misturar o azeite com a flor de sal, para este se harmonizar (é um pouco aborrecido sentir o sal, quando se está a comer). Logo depois, juntar a mostarda e misturar bem. Juntar vinagre e, finalmente, o leite. Misturar uma vez mais e espalhar repartidamente pela salada.

Um bolo rosa, feito de framboesas



Parece um bolo feminino, se nos concentrarmos na cor. Mas a verdade é que não consta que a memória dos sabores varie em género. Assim, a única conjugação admissível é comer, degustar, apreciar...
Bolo de framboesas
8 ovos; 1 chávena de açúcar; 1 chávena de farinha; 100 g de manteiga derretida; 1 pacote de natas; manteiga e farinha para untar a forma.
Para a calda de açúcar:
4 colheres de açúcar em pó; sumo de meio limão; 4 colheres de água.

Para a mistura de framboesas:
200 g de framboesas congeladas; 4 colheres de açúcar em pó.



Bater as claras em castelo. Reservar. Bater as gemas com o açúcar, até a mistura duplicar ou até ficar bem fofa. Adicionar à mistura das gemas, a manteiga derretida e bater, misturando bem. Entretanto, coloca-se alternadamente as claras e a farinha. Levar ao forno durante 30 minutos. Quando estiver pronto, desenformar de imediato e regar com a calda de açúcar, que se faz desta maneira: leva-se ao lume os três ingredientes, durante 5 minutos. Quando a calda for absorvida, corta-se o bolo ao meio e recheia-se com metade da mistura de framboesas, reservando-se a outra metade para cobrir o bolo. Esta mistura também é muito fácil de fazer: levar as framboesas e o açúcar ao lume, durante 5 minutos.
Depois de o bolo arrefecer, bate-se as natas e mistura-se-lhes o resto das framboesas, adicionando açúcar em pó, se necessário. O resto consiste, unicamente, em espalhar esta mistura rosa pelo bolo e ficar maravilhado com o efeito! Bom proveito!

Uma maneira de comer favas

Na altura das favas, dou-me ao trabalho de escolher as mais pequeninas e delicadas. Em seguida, continuo a dar-me à maçada de as descascar pacientemente, até restar só o que realmente importa: as favas tenrinhas e bem verdes. Bem, isto não implica só trabalho, há uma vertente social que gosto de associar a estes momentos. Isto porque é bom estar a fazer estas tarefas e ter a companhia da minha mãe, das minhas irmãs ou das minhas amigas mais próximas. Falar interminavelmente daquelas coisas pequenas, acompanhando os gestos quase maquinais, que descansam o espírito. De seguida, armazeno-as em pequenos sacos de congelação, para poder comer favinhas no Inverno ou no Verão ou no Outono. Cozinhar é ritualizar.

Risotto de favinhas
Favas a gosto; 1 cebolinha picada; metade de uma chouriça, cortada em pedaços bem pequenos; meio copo de vinho branco; 1 tomate médio; 1 alho picado; 1 cenoura cortada em pedaços; azeite e sal q.b.; 1 litro de caldo de legumes; 1 chávena de risotto; 1 colher (de sobremesa) de manteiga; queijo parmesão q.b.

Antes de tudo, fazer as favinhas, começando por fazer um refogado com a cebola, o alho, a cenoura e o tomate. Quando estes ingredientes estiverem harmonizados, juntar a chouriça e um pouco do caldo de legumes. Deixar estar durante uns minutos. De seguida, juntar as favinhas e um pouquinho de vinho. Deixa-se refogar durante uns quinze minutos, tapando. Quando as favinhas estiverem cozinhadas, deixa-se evaporar ligeiramente o molho e junta-se o risotto, mexendo até que os sucos sejam absorvidos. Junta-se depois o copo de vinho branco e mexe-se até este ser absorvido. Nesse momento, junta-se caldo de legumes suficiente para cobrir o risotto e espera-se, até que seja absorvido. Repete-se esta última operação e quando o risotto estiver pronto, junta-se o pedacinho de manteiga, envolve-se e em seguida, o parmesão. Serve-se de imediato, depois de se transferir para uma terrina.

O meu spaghetti


Num daqueles dias em que apetece comer alguma coisa que nos dê conforto imediato, nada como um bom spaguetti! Basta ter um molho de tomate bem feito, acrescentar alguns vegetais, bacon e muito queijo...Eu costumo usar o clássico parmesão, mas gosto de juntar emmental e mozarella. E acompanhar tudo com um copo de vinho branco, servido por um marido inspirador!

meu spaguetti
2 tomates coração-de-boi; 1 cebola picada; 1 dente de alho; 1 courgette cortada em meias-luas; acelgas (ou espinafres) q.b.; 3 tiras de bacon; azeitonas descaroçadas e partidas em pedaços pequenos; meio copo de vinho branco; metade de uma embalagem de esparguete; um litro de água (sensivelmente); sal, azeite e orégãos q.b.; queijo parmesão, emmental e mozarella.

Fazer o refogado com o azeite, a cebola, o alho, a courgette e o bacon. Deixar estar durante uns dois minutos. Juntar o tomate, cortado em pedaços, mexer e adicionar depois o vinho. Deixar cozinhar durante uns dez minutos, mexendo com regularidade. Quando o tomate estiver bem harmonizado com o resto, juntar mais de metade da água, temperar com sal e tapar o tacho. Quando começar a ferver, juntar o esparguete e as acelgas. Deixar cozer e ir adicionando água, se necessário. Quando estiver quase pronto, junta-se os orégãos, as azeitonas e os queijos, envolvendo muito bem. Se necessário, rectifica-se os temperos. Caso contrário, serve-se a fumegar, acompanhado de uma salada bem temperada.

Pasteis de Vouzela


A Maria de Lourdes Modesto disse numa entrevista que este era o melhor doce do país. E se ela o diz...quem somos nós para dizer o contrário? Para que conste, é extremamente ofensivo quando comparam os pasteis de Vouzela com os de Tentúgal, porque simplesmente...não há termo de comparação. A textura dos ovos, a leveza da massa que os envolve... Estes que aparecem na fotografia, tinham acabado de sair da fábrica familiar que os produz há décadas. Sem entrar em grandes pormenores, os pasteis de Vouzela não são todos iguais. E uns são claramente melhores que outros, por isso, cabe a cada um identificá-los.

O Outono já chegou...cheira a bolo de maçã

Lá fora já há folhas a cair no chão. E as maçãs abundam, impregnando o ar que se respira. Por isso, num feriado, ligo o forno e espero até se sentir o doce aroma das maçãs e do vinho do Porto.

Bolo de maçãs
1 maçã ralada; 1 chávena de açúcar; 1 chávena de farinha; 100 g de manteiga; 6 ovos.
A base deste bolo é exactamente igual à do bolo de lima. A diferença óbvia está na maçã ralada, que se deve introduzir depois de se ter adicionado a manteiga derretida, envolvendo bem.

Para a cobertura de maçãs:
2 maçãs cortadas em gomos e fatiadas; um cálice de vinho do Porto; 1 colher de sopa de manteiga; 2 colheres (de sopa) açúcar.

Derreter a manteiga numa frigideira e, quando estiver pronta, juntar as maçãs cortadas. Mexer com cuidado e juntar o açúcar e o vinho do Porto. Deixar fazer durante uns dez minutos, mexendo sempre com muito cuidado, para não desfazer os gomos. Quando o bolo estiver pronto, desenforma-se e cobre-se com as maçãs, vertendo-se, no final, a calda onde foram feitas.

Uma entrada triunfal!


Esta receita é uma revisão da muito (mesmo muito) tradicional chouriça com vinho tinto. Embora seja uma associação pacífica (a chouriça e o vinho tinto), a verdade é que sempre me pareceu que essa harmonia não era plena... Num dia de inspiração e com amigos esfomeados a aproximar-se do meu território ( o fogão), resolvi deixar o vinho ao lume, para ver o que acontecia... E correu muito bem! Aqui fica então uma receita para uma entrada desconcertantemente fácil e com direito a aprovação imediata!

Chouriça com redução de vinho tinto
1 chouriça (convém ser o mais próximo possível das caseiras); meio litro de vinho tinto.
Cozer a chouriça no vinho tinto durante cerca de 10 minutos. Retirar a chouriça para um prato e deixar o vinho ao lume. Entretanto, partir a chouriça às rodelas e adicionar ao vinho. Deixar em fogo lento durante o tempo que for necessário (pode variar de acordo com a quantidade de vinho). Quando estiver com uma textura cremosa, significa que já é tempo de se levar à mesa, acompanhada de broa de Avintes cortada bem fininha e tostada no forno.

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